Antônio da Silva Jardim (Vila de Capivari, 18 de agosto de 1860 — Vesúvio, 1 de julho de 1891) foi um advogado, jornalista e ativista político brasileiro.
Teve grande atuação nos movimentos abolicionista e republicano, particularmente
no Rio de Janeiro, na defesa da mobilização popular para que tanto a Abolição quanto a República, produzissem resultados efetivos em prol de toda a sociedade brasileira.
Seu pai Gabriel da Silva Jardim era um modesto professor e lecionava em seu próprio
sítio. Enviado para Niterói para que pudesse estudar foi aluno inicialmente no Colégio Silva Pontes. Mais tarde matriculou-se no Mosteiro de São Bento tendo estudado português, francês, geografia e latim. Nessa época ajudou a fundar
um jornal estudantil denominado "0 Laboro Literário" onde inicia sua vida política e sua luta pela liberdade.
Estudando com dificuldades financeiras, já que seu pai não possuía muitos recursos
para sustentá-lo, muda de residência e de escola, matriculando-se no Externato Jasper. Procura trabalho para poder pagar seus
estudos e depois de alguns empregos menores é chamado para trabalhar no próprio externato.
Parte para São Paulo quando o pai envia-lhe o dinheiro necessário e vai estudar
na Faculdade de Direito de São Paulo. Logo entra no clima político da faculdade onde as idéias republicanas e a campanha abolicionista
já faziam parte de debates no parlamento.
Envolve-se completamente na campanha pela República chegando a vender sua banca de advogado e dissolver sua sociedade com Martim Francisco. Sua vida se dirige para os comícios em prol da república e viagens constantes entre
os estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Em sua militância foi aclamado, apedrejado, perseguido e elogiado. Sua saúde -
desde a infância, por causa do impaludismo, sempre frágil, se ressentia dessa vida agitada, mas não impedia sua constante atividade
política. Com a proclamação da república o exército que não se sentia ligado aos civis que tanto haviam lutado por sua proclamação,
deixou-o de lado.
Candidatou-se ao Congresso no Distrito Federal e foi derrotado. Decidiu então
retirar-se da política e viajar para o exterior para descansar, clarear as idéias, conhecer gente nova e novos lugares.
Aos 31 anos de idade, visita Pompéia, na Itália e curioso por conhecer Vesúvio, mesmo tendo sido avisado de que ele poderia entrar em erupção a qualquer momento,
foi tragado por uma fenda que se abriu na cratera do vulcão.